Nessa ultima semana o Irã protocolou oficialmente a sua candidatura para ingressar no bloco econômico composto atualmente por China, Índia, Rússia, Brasil e África do Sul, que veem com bons olhos a expansão do bloco.                                                                            

  Em decorrência do desenrolar dos fatos da incursão russa no território ucraniano a unipolaridade global que se tinha até o começo do século XXI com preponderância norte-americana em decorrência principalmente pela queda do bloco soviético, que vinha sendo ameaçada pela ascensão do "dragão chinês", veio a definitivamente entrar em declínio com a desconfiguração global que a política expansionista dos atlantistas gerou, fazendo com que as duas ordens políticas entrassem em choque direto.

  As palavras do presidente russo Vladimir Putin denotam bem a nova guinada no desenvolvimento do bloco, onde o mesmo afirma "apenas com base em uma cooperação honesta e vantajosa para todos poderemos encontrar uma saída para esta situação de crise que afeta a economia mundial devido às ações egoístas e imprudentes de alguns países", demonstrando uma clara tendencia de isolamento dos países pertencentes ao bloco em relação aos interesses dos "ocidentais".

  A abertura do processo de entrada do Irã ao bloco é bem visto por ambos os lados, onde o ministro das relações exteriores do Irã afirmou que a aliança “resultaria em valores agregados para ambos os lados”, a ministra das relações exteriores russas Maria Zakharova postou em seu canal no telegram “Enquanto a Casa Branca pensava sobre o que mais poderia desligar, proibir ou estragar no mundo, a Argentina e o Irã se candidataram para entrar no Brics”.

  Apesar de a Argentina ainda não ter protocolado oficialmente um pedido de incursão no bloco o presidente Alberto Fernandes ja sinalizou que a nação tem interesse sim em estreitar relações com os BRICS, dando expectativa de abertura de entrada em breve.

  OPINIÃO

  Devida ao claro sinal de amizade que o presidente Vladimir Putin sinalizou diversas vezes nos últimos anos, chegando até mesmo a confrontar países membros do G7 em defesa à soberania brasileira na Amazônia demonstra e reafirma a necessidade do Brasil buscar uma politica independentista em relação ao interesse dos Estados Unidos e os demais países pertencentes à OTAN, estreitando laços com os países membros do BRICS e buscando viabilizar a sua autonomia politica, econômica e cultural, gerando assim um pais mais livre, justo e desenvolvido.


Vinicius Felipe Sacardo Silvestre - "O Patrianova"